
RÁDIO
Localização: Caixa de Crédito Agrícola da Costa Azul Santiago do Cacém
Os rádios Luxor começaram a ser fabricados na cidade de Motala, Suécia, pela fábrica sueca “Radiofabriken Luxor”, fundada em 1923, por Axel Holstensson (1889-1979).
O nome escolhido para o ramo de produção, Luxor, foi devido à grande descoberta em 1922, da tumba do faraó egípcio, Tutancâmon, próximo da cidade de Luxor (Egipto).
A descoberta deste tesouro, oficialmente aberto em 1923, tornou-se conhecida em vários países, onde os jornais faziam notícia e o marketing era aproveitado.
Axel trabalhou como eletricista e nos seus tempos livres estudou engenharia elétrica. Em 1918, fixou-se em Motala e abriu o seu negócio, uma empresa de instalações elétricas e uma loja de eletrodomésticos.
Em 1923, Axel registou a Luxor Rádio Factory Company (Firma Radiofabriken Luxor).
Ao fabrico de rádios foi adicionado, nos anos 60 do século XX, o fabrico de televisões.
Passadas seis décadas, em 1984, a empresa finlandesa Nokia tornou-se a principal proprietária.
Em 2006 a Vestel, empresa turca adquiriu a marca Luxor.
A invenção da rádio foi o culminar do trabalho de vários cientistas e da convergência de conhecimentos já adquiridos ao longo de décadas, principalmente a união da telegrafia, do telefone sem fio e das ondas de transmissão.
Entre outros cientistas destacam-se físicos como Morse (1791-1892), pela invenção do telégrafo com fio. Ficou conhecido pelo famoso código Morse. Marconi (1874 – 1937), inventor da telegrafia sem fios (TSF), e Hertz (1857-1894), pelo conhecimento das ondas de rádio, também chamadas de “Ondas Hertzianas”.
Em Portugal, foi criada a rádio Hertz em 1914. Ainda que rudimentar e não oficial, foi um passo para a era da rádio no país e para a expansão e comercialização dos aparelhos – rádios ou telefonias.
Em 1923, foi criada a Sociedade Portuguesa de Amadores de Telefonia sem Fio e, com o rápido desenvolvimento da rádio, foi publicado em 1930 o primeiro diploma legal sobre a TSF (Telegrafia Sem Fios).
O Estado Novo, consciente da importância deste meio de comunicação, ao seu serviço, criou a sua própria estação emissora - a Emissora Nacional. Após várias emissões experimentais foi inaugurada dia 1 de agosto de 1935.
Este poder da rádio ao serviço dos mais poderosos foi muito utilizado durante a I e a II Guerra Mundial e, mais tarde, na Guerra Colonial, com emissões em onda curta para as colónias portuguesas, através da Rádio Colonial.
Dos anos 30 aos 60 do século XX, a realidade vivida em Portugal foi muitas vezes retratada através da rádio, nos programas de dramatologia, nas rubricas humorísticas, como crítica ao regime ditatorial instaurado em Portugal. Excelente meio de comunicação nas notícias, no futebol, nos romances radiofónicos, entre outros.
Programas que ficaram na memória, como o Serão para Trabalhadores, com início em 1941, conhecido por programa de variedades, de música ligeira portuguesa e o Retiro da Severa, mais tarde substituído pelo programa Fados e Guitarradas, reunia família e amigos.
O poder da rádio na comunicação, informação e entretenimento é um fator imprescindível no desenvolvimento económico, social e cultural de um país.
Grande parte dos rádios funcionavam com sistema de válvulas de potência, som, frequência e filtro, com emissão de som através de um altifalante colocado no interior. A partir dos anos 60 foram substituídos por rádios recetores com funcionamento a transístores, que substituíram as válvulas, semicondutores, condensadores e outros.
Em 1976, a Emissora Nacional passa a designar-se Rádio Difusão Portuguesa (RDP).
FONTES:
Arquivo da Associação de reformados da EN - RDP
WEBGRAFIA:
www.bocc.ubi.pt/pag/cordeiro-paula-radio-portugal.pdf·- Ficheiro PDF
www.viriatoteles.net › radio › 346-genese-do-servico-publico-de-radio
repositorio.ucp.pt › bitstream › 03_10_Nelson_Ribeiro
AGRADECIMENTOS:
Ivone Pereira Bento
FICHA TÉCNICA
SERVIÇO DE INVESTIGAÇÃO E INVENTÁRIO (PESQUISA E TEXTOS) - MARIA DA LUZ MARTINS
REVISÃO DE TEXTO – DCI
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FOTOGRAFIAS - PEDRO SOARES
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